sexta-feira, 23 de outubro de 2015

o botas não morreu, afinal...

Indigitar PPC admito. 
Ganhou sem maioria, mas teve o partido mais votado. Sabe-se que será um vencedor pré-derrotado mas enfim, era muito expectável.
Mas as considerações putativamente justificativas deixaram o país atordoado.
Como se permite um "presidente de todos os portugueses" determinar q há partidos na AR q são fiáveis e outros não? 
Que as negociações da PAF só podem ser com quem ele determina? 
Que há deputados de 1ª - pois são europeístas, e outros de 2ª por não o serem? 
Que é preferível o seu partido in-governar sozinho, a duodécimos até ver - e cair qd calhar... - a empossar um acordo maioritário, por desconfiar da seriedade dos outros?
Compete-lhe ser ele por acaso, a escolher neste post eleições quem se arruma com quem?
A constituição manda q faça escolhas após ouvir todos os partidos com representação parlamentar. É o q diz. Eu não votei em nenhum dos partidos envolvidos, juro, mas obviamente estou indignado com esta peça de pexisbeque mental com q nos brindou ontem. Ensandeceu?
Como pode ignorar q assim acontece em toda a Europa democrática?


Como pode achar q aqui não pode acontecer nem haver acertos e acordos após as eleições, como há em todo o mundo democrático - só por uma questão de "tradição"?
Por tradição, bom... ele não existiria - ainda seriamos Monarquia. E ainda não teríamos nem Democracia nem Liberdade. Nem voto. Haja respeito.
Como podem ser os mercados estrangeiros a obrigar-nos a escolher partidos pela cor do dinheiro e não acatando o voto nacional das pessoas?
Como se pode olhar ao espelho e achar-se coerente, ele q destruiu as pescas e agora as recomenda?
Como pode ser sério se recomendou a sanidade bancaria q sabia não existir?
Como tem cara para dizer q o voto de 60% dos eleitores não conta porque não gosta das suas escolhas?
Em que cartilha constitucional anda a soletrar? a de Salazar?

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