sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Dúvida animal

Tenho uma preocupante duvida existencial. 
Após alguma meditação pessoal criei uma angustia q nem posso. Faz hesitar a minha "felicidade interna bruta e o meu "indice de progresso genuino". 
O meu cão deve ter q área de quantos metros quadrados para ser considerado em cativeiro? Estou muito preocupado.
E ter um cão ou um gato em casa não é, em ultima analise, te-lo retirado do seu habitat ancestral? 
Angustio-me. Pois à partida todos os animais não eram selvagens e não viviam em habitat selvagem? 
Te-los modificado e cruzado, adoptado, castrado e domesticado não é uma violência milenar? 
Dar-lhes comida e ração e assim... não será uma violência q agride o seu intimo, o seu brio e a sua felicidade? 
Eu "tenho" um gato - enfim aparece qd lhe apetece e dá-nos turras tb só qd está para aí virado...- enxertado em lince, muito selvagem, que gosta muito mais de lagartixas q de wiskas! 
Ora bem - devo considerar isso distúrbio post traumático do stress, devido ao ser forçado por vezes a ter de ingerir carissimos patés em dias de chuva qd não consegue caçar? Que psicólogo me aconselham? 
Busco o superior e iluminado esclarecimento de quem souber. O PAN parece ser a única ajuda possível.
Mais. Ter um cão, trazê-lo pela trela, levá-lo a passear, etc não é uma violência? Se o deixarmos livre ele vai andar a solta e esse sim, seria um processo de regresso ao seu habitat natural? 
Qual era, ou seria ou foi a condição natural dos cavalos, leões e serpentes, periquitos e peixes? Não deveríamos te-los respeitado nestes milénios todos nos seus prados e savanas e cardumes e deixa-los sossegadinhos e entretermo-nos connosco próprios? 
Usar cavalos bois ou burros como meio de lavoura, transporte, comunicação, passeio, correio, etc ao longo da Historia não foi um retrocesso violento? Ter cavalos é crime? Estou preocupado.
Mas mais - nós próprios, animais humanos, andarmos vestidos, termos horários, códigos de comportamento, deveres, contribuições, enfim esta barbárie a q chamam civilização, etc não é uma extrema violência?
eu por exemplo detesto a fivela do cinto qd me aperta e entala a pele. Se vivesse no meu verdadeiro habitat eu queria lá saber de cinto! 
Outra coisa. Andar de carro não é um acto impensado de violência ao nosso verdadeiro habitat? Sim porque este nao era o nosso habitat qd éramos selvagens!... 
Tambem tenho um filho na Austrália mas não quero ofender ninguém se o visitar. Posso apanhar o ultra poluente avião? Quantos microorganismos vai matar? Qual a poluição q um Boeing faz daqui até à Austrália? Quanto plancton destroi quantas joaninhas assassina ao aterrar?
Quem nos mudou o mundo tem q ser inculpado disto? 
Outro problema muito urgente a propor ao Pan é o problema das osgas e baratas. 
Se as osgas querem entrar em minha casa, devo considera-las selvagens, e portanto intocáveis? Ou intrusas, e portanto, matá-las? E pulgas? São consideradas selvagens ou domesticas? Sim, eu sei; o seu habitat natural seria, por exemplo, se eu deixasse, o meu colchão. Devo portanto dormir no chão, para não perturbar os animais?
Não consigo dormir com tanta incerteza. 
Por vezes excedo-me, confesso. Mas insultar uma barata será traumatizante para o animal? 
Sou uma pessoa sem estudos, mas habitualmente de bom instinto e peço desculpa. 
É isso - acho que vou ter de perguntar ao Sr deputado dos animais. 
Mº obrigado, desculpem incomodar e podem estar certos q votarei na tal Dª Gonzaga que me recomendam, em nome das cadelas, gatos, pulgas, baratas e osgas e assim... de todo o mundo! 
Obrigado e um muito bem hajam!

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

a a(tracção) animal

O pan está preocupado com os problemas do animal fora do seu "habitat".
Pessoalmente até sou Belenenses e duvido muito que o clube passe a fazer exibições de golfinhos no Restelo antes dos jogos. Ficava complicado. 
Mas sou muito solidário com o sofrimento diário das águias todas do meu país.
Estou chocado. 
As famílias portuguesas estão endividadas e os passeios cheios de sem abrigos q se alinham na noite, frente aos carros de sopa, com fome. 
Os comerciantes fecham as lojas em desespero sem saber como sobreviver.
As pensões de miséria obrigam a racionar medicamentos. Temos as pensões mais baixas da Europa.
A corrupção aumenta e as reformas faraónicas de Jardim e Salgados não o incomodam. 

Os nossos filhos e netos voltam a ter de emigrar.
Mas a 1ª preocupação do sr pan é o habitat dos animais.
O Sr pan está cheio de razão. 

Eu, por exemplo, sou um animal absolutamente fora do seu habitat natural. Encolhido, triste e desajustado por um pais q me me constrange e limita na minha criação e entendimento. É uma injustiça. Porque tb eu queria voar alto.
Mas nenhum de nós humanos vive no seu habitat ! (excepto talvez algumas tribos aborígenes ou outras perdidas no mais ignoto Amazonas). Se esse habitat não tivesse evoluído, estaríamos nus. Sem horizontes, viveríamos de caça e pesca e morreríamos de velhice aos 35 anos, em media.
Não usaríamos fatos. nesse habitat não seria preciso. Julgaríamos os trovoes ainda como expressão dos deuses e demónios. Mataríamos como forma natural de resolver nossas disputas. Não escreveríamos pois o papel não teria sido inventado; e emitiríamos ainda apenas sons guturais.
Já usaríamos talvez os animais para tracção, mas parece q tb isso o imbecil senhor discordaria.
Não haveria anestesias, cirurgias, antibióticos, internet, livros, nem cimento nem televisão e o serviço de correios e noticias ainda seria feito por búzios soprados e sinais de fumo.
O sr pan está cheio de razão. Não, de facto, o meu habitat não é este. Sou muito mais moderno. Talvez sec XVI... Sim é isso. Sou um homem de 1500 mal adaptado ao tempos hodiernos.
Por isso, socorro. Quero um pan qualquer q me proteja. Sou um pássaro à solta q todos os dias - pela tanta parvoíce humana que o rodeia, - tb ele se sente impedido de voar.