Amigos
O assunto tornou-se muito sério.
Já nem me importa o que digam - pois, se preciso fosse, neste ponto, se calhar, seria até cripto nacionalista,
Mas não creio que tal se pegue a todo o nervo, entendimento e alma que ponho nos meus labores e criatividades.
Todos sabem - não tenho de o provar. Adiante.
Quem trabalha com a Língua Portuguesa, pura e simplesmente ganha-lhe amor. É uma língua antiga, sensível, expressiva, abrangente, riquíssima no vocabulário e falada em todos os Continentes do planeta!
Devia haver respeito. A começar por nós próprios.
E o desrespeito começou, afinal, provindo por iniciativa da pátria mãe!
A "unificação" pretendida, aliás, saiu completamente gorada; e é gozada por filólogos e entendidos de todos os sotaques e horizontes.
Esta imposição ditatorial que se aproxima é um atentado à nossa Literatura, aos nossos autores, à nossa sonoridade, e à nossa capacidade de comunicar; não só no mundo lusófono, mas com todo o mundo. Traduzir de e para português, com efeito, vai passar a ser uma babilónia de confusões e anacronismos.
Vejamos. Nenhuma língua se impôs ou eliminou por decreto. Evolui, desdobra-se, radica-se, adapta-se ao longo dos séculos.
Mas sem perder a matriz, o fundamento semântico, o sentido, as referências e a razão histórica.
É, portanto, imbecil. É culturalmente assassino o que, pelos vistos, estão a querer impor-nos a partir de 13 de Maio - um desacordo ortográfico total!
O revoltante corte com toda a beleza do que aprendemos a falar, escrever e cultivar. Por isso me insurjo - como autor, como português e como homem de cultura.
Será preciso ir para a rua por uma causa tão nobre como essa? Vamos!
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