O vendilhão do templo compra fruta, diz graças, lamenta desgraças, visita doentes e viúvas, pretos, brancos, vermelhos e até azuis. É amigo de Deus e do diabo, põe gravata e tira gravata nos conformes do ilusionismo trapaceiro. Bom.
O vendilhão aspira a ser o português mais português de Portugal, se a tanto convencer tanto o prédio da esquina como a própria esquina do prédio; a vendedora de cravos e o talhante do acem redondo.
O vendilhão é uma simpatia, um camarada. Come cachorros da roulote e vichisoice no palácio. Aliás ele próprio está a meio caminho entre uma empada de galinha e o Mosteiro dos Jerónimos.
Nada a ver uma coisa com a outra? Pois, precisamente!...Faz pontes, dizem todos; divertidos, incautos e felizes. Um truão este rapaz. Bom.
O vendilhão das hortas e cidades canta c o Abrunhosa e faz o pino na contra-mão do ergo centro ipsis pusilanime do quadrado da hipotenusa.
Eu gostava muito de ser hipotenusa, quadrado, talvez até secante.
E ter amigos q roubam milhões, perdão biliões ao povo e passam ferias num condado próprio, algures em Cascais. E ser amigo nunca deixando de ser, mas não o sendo se não for no contexto absolutamente privado da descontextualização da sua apenas hipotética culpa.
Perceberam? eu tb não. Mas um vendilhão é isso mesmo. Vende. Bom.
Aliás, eu tb quero descobrir a arte de ser simultaneamente filofascista e democrata. Darei opinião avulsa sobre tudo o q encomendarem. Futebol, Fatima, Fado, Economia, Schengen, Turquia moderna, Ronaldo ou Constituição da Republica do esquecimento. Ponham-me um problema qqr q eu explico tudo explicadinho. Bom.
O vendilhão do templo é o fariseu dos tempos modernos, um homem para todas as estações e abrigos, um diz q nunca disse nem fui nem veio nem vai nem deixa de ir e surge em todo o lado, em nome de tudo o q genuína e humanamente deseja ser. Torna-se perigoso abordar o vendilhão. Pega por osmose, parece um amigo de longa data. Lida com afectos. Acredita-se facilmente na criatura. Bom.
A coisa está no papo. Para a próxima edição de mim faz favor tb quero ser filho de ministro amigo do espírito santo e perigoso mas versátil visitante da festa do Avante. Junta-se queijo ralado e vai a gratinar ao forno. Caldeirada garantida. Dia 24 abre-se a panela e prova-se.
Caldo entornado? Aceitam-se prognósticos discretos. Isto é tudo uma parodia num país em q o povo é q paga os Bancos, o zé cabra se tornou cantor e o Tino de rãs é candidato a PR!
Mas cuidado rapaziada. Pode ser vingativo, percebem?
Portanto eu não disse nada, ouviram? Bom.
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