terça-feira, 9 de junho de 2015

Boca grande

Era uma vez uma senhora que queria ser menina toda a vida. Quem não gostaria. 
Ora um dia todos envelhecemos; e é bonito sermos terra e montanha e sabermos jardinar esse tempo. 
Mas não. Essa senhora tem a mania de ainda ser bonita; o provável defeito formativo de o ter sido; e a confusão imensa de pensar que ainda o seja. 
Vai então arrastando o botox, fazendo bocas de antiga glória, vestindo-se de adolescente, pintando a tez de blush e os cabelos de matizes vários, até ao derradeiro apelo da gravidade, facto preclaro e inelutável de uma frescura que há muito já partiu .
E que nunca saberá assumir.
Mas o mal não reside em tal processo. O envelhecimento é doença geral, planetária.
Todos envelhecemos.
Mas normalmente compensamos com idoneidade, equilíbrio, temperança, conhecimento, moderação, bom senso. Ou seja, perdemos em frescura, supostamente, ganhamos em sabedoria.
Nanja aqui. Acontece é que, além de tal pessoa ser mediática, é mediaticamente parva.
O que faz, faz mal feito, auto centrado, espampanoso, vaidoso, sem graça, deslocado, convencido.
E quando emite opinião, fá-lo de forma raivosa, mordendo verdades unilaterais, pouco preparada, golfando fel, destilando assomos de politica filofascista.
E quando a contrariam, faz birra. Como uma criança mal educada.
Não digo quem seja, não conheço, nunca a vi. Quero lá saber deste tipo de guerras...
Mas se acharem alguém parvo e malcriado, belicosamente convencido e com tempo de antena demais, ela não deve andar longe...
Há gente assim.

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