segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Ser Gente


Como recebi num comentário, de facto, "Os medíocres organizaram-se e tomaram o poder sem asseio nem ética". Ora nem mais. 
Por isso mesmo, num novo conceito de "Governo Civil", vamos pugnar para os apear do Poder. 
Ora bem. Eles vão ter a guerra das gentes de bem. Basta.
Eis precisamente por que criei este espaço de cidadania espontânea; baseado na maturidade e na Liberdade.
Aqui lanço, pois, este colectivo "Caderno de encargos". Divulguem-no:

- Que cada um, no seu quotidiano, não tema a intimidação nem a diferença. 
- Que ninguém tema o poder; pois os que momentaneamente o exercem foram eleitos e poderão sempre ser questionados por nós. 
- Que ser cidadão seja já, em si, um acto maior de civismo e um estatuto de respeito para as instituições. Porque as instituições apenas existem por existirem cidadãos.
- Que se compreenda que, desde o chafariz da aldeia, à calçada que pisamos, aos serviços públicos que usamos, e até à Radio e Televisão públicas, tudo isso só é possível graças ao nosso dinheiro.
- Que um dos direitos inalienáveis em Democracia é e será sempre o direito à Indignação
- Que cada homem ou mulher gritem e denunciem a injustiça, sem olhar a quem a oculta, quem a queira comprar, quem a comete.
- Que em cada recanto de opinião, - desde a simples roda de amigos no café ao mais urbano e elevado anfiteatro de ideias - ninguém desdenhe a oportunidade de demonstrar a sua contrariedade e a sua razão.
- Que os homens com funções publicas compreendam que estamos fartos de os sustentar, mais às suas prebendas, estatutos especiais e privilégios. O motorista, as refeições, as viagens, os subsídios de representação, tudo isso, é patrocinado por uma entidade que se chama "povo português"
- Que Portugal se reerga das cinzas e repense a sua classe politica. Exija novos protagonistas. Novas ideias. Mais proximidade com aqueles cujas vidas afinal são afectadas pelas decisões superiores.
- Que haja coragem de concorrer a cargos, se nos sentirmos capazes de fazer melhor que aqueles que actualmente os desempenham. Sejamos sérios e ponderados. Mas não sejamos  demasiado conformados nem humildes. O poder não é nenhum bicho de sete cabeças. Eles tornam-no prolixo e labiríntico pois apenas têm medo. 
- Sejamos colectivistas mas organizados. Integremos acção local, regional, nacional na medida do nosso tempo e disponibilidade. Sejamos solidários. Mas atentos a qualquer aproveitamento que tantas vezes surge da nossa generosidade.
- Que esta onda cresça. Como a Primavera de Praga os cravos de Abril ou os guarda chuvas de Hong Kong. Que as alternativas saibam unir-se juntando o que tiverem de comum e deixando de lado as minúcias em que divergem. 

Só assim haverá palavra. Só assim haverá voz.
Faça disto uma causa: Combata a mediocridade no seu dia a dia. 
Identifique o inimigo. Nem sempre ele é só o poderoso. 
Às vezes também é o que sofre e não denuncia; o conivente; o que dá gorjeta para resolver o "seu problema"; o desatento, o indiferente, o que fica calado, consentindo.
Eis um inicio de projecto.

A bem da Nação,
PB

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